#Capa
Conheça um pouco mais da personalidade do mês de outubro
Por: iFox/Micael Machado (micaelaraujomachado@gmail.com)
Uma rápida
introdução...
Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón ou simplesmente Frida Kahlo, nasceu no distrito de
Coyacán situado no México, no dia 6 de julho de 1907 e faleceu aos 47 anos, no
dia 13 de julho de 1954. Sua ascendência era mista já que sua mãe era mexicana
enquanto seu pai, alemão.
Sofreu muito seja por amor, por causa do
preconceito ou das dores que sentia. Na infância, contraiu poliomielite, a
deixando com sequelas em uma das pernas e ao chegar na maioridade, o grande
divisor de sua vida, um acidente que sofreu enquanto voltava da escola em um
ônibus, fraturando sua coluna em três lugares além de quebrar vários ossos e
ter hemorragia. Foi a partir desse momento que sua arte começou.
Em seu atestado de óbito consta que a morte
foi causada por uma embolia pulmonar, contudo, ainda gera controvérsias pois
alguns historiadores desconfiam que se tratou de uma overdose de remédios que
pode ter sido acidental ou não. “Espero alegre minha partida – E espero
não retornar nunca mais”, suas últimas palavras, escritas em seu diário.
Frida: a mãe da
selfie
Kahlo começou a pintar durante o período de sua
recuperação e os temas mais comuns de suas pinturas eram a si mesma, se
retratando sem pudor, com sua dor e sofrimento, sua sexualidade e seus traços
de ascendência mista.
Frida Kahlo: Autorretrato con bonito (1940) |
Ai mi corazon!
Enquanto ainda se recuperava do acidente, se afiliou ao Partido
Comunista Mexicano, com isso, teve a oportunidade de conhecer um de seus
ídolos, o renomado muralista Diego Rivera. Após isso começou a
namorar e dois anos mais tarde, se casou.
Frida Kahlo: Autorretrato como Tehuana (1943)
|
“Uma história de amor intensa, conturbada e tórrida”. O
casamento foi marcado por grandes tumultos uma vez que tanto Kahlo como Rivera,
tinham personalidades fortes. A relação foi marcada por inúmeros casos de
infidelidade, primeiro por parte de Rivera e, depois, também por parte de Kahlo
que assumiu sua bissexualidade tendo affairs tanto com homens quanto com
mulheres.
Por conta das sequelas do acidente sofrido por Kahlo, o casal
não teve filhos. Após muitos casos de traição – principalmente por Rivera ter
se envolvido com a irmã de Kahlo – e não aguentando o comportamento abusivo do
marido, os dois se separam.
Shi...
Registros apontam que Kahlo se envolveu com o fotógrafo Nykolas
Muray e foi também pivô de brigas entre Leon Trotsky e
sua esposa. Boatos ainda dão conta que Kahlo se envolveu com a cantora Chavela
Vargas.
Goodbye padrões!
“Uma mulher com um fenótipo com fortes traços indígenas, manca,
com uma monocelha, que trajava roupas extremamente coloridas”, é assim que
Kahlo é retratada. Kahlo quebrava todos os padrões impostos, nunca foi um
padrão de beleza e sempre soube disso, porém, engana-se tentou mudar para caber
no que a sociedade impunha, sem se intimidar, tinha uma personalidade tão
própria e forte que nem fazia perceber sua aparência considerada “menos
agradável”.
Diante do capacitismo – preconceito e discriminação social contra
pessoas com qualquer tipo de deficiência – Kahlo por meio de roupas, enfrentava
o que a sociedade cultua como corpo útil. Ao contrário do que se pensa em
relação as pessoas com deficiência, a imagem representada de Kahlo, denotava a
sua força emergindo perante a ditadura do corpo perfeito.
Foto: Nykolas Muray |
E+
Em seus autorretratos, Kahlo está sempre
fitando os seus observadores, descrito como “procurando uma verdade no olhar de
todos ou apenas indicando que ela existe tanto quanto todos presentes, mas que
ali, há uma resistência diária em viver”. Sua intensidade de viver é retratada
em diversas pinturas e isso, sobrepunha todas as suas limitações e
deficiências, fazendo com que elas, não a definissem. Por diversas vezes, em
suas obras, o corpo é representado como a expressão concreta da sua alma e
militância.
Por que ícone do feminismo?
Surgiu associado aos lemas da segunda onda do feminismo que
ocorreu entre os anos 60 e 70 onde o pessoal é político.
Frida Kahlo: Autorretrato con Pelo Corto (1940) |
“Ela não reconhecia certas hierarquias sociais e se comportava
como se não houvessem distâncias ou determinados padrões de comportamento para
mulheres”.
Frida é a representação de uma mulher livre, que coloca sua arte
a serviço do povo e isso inspirou e inspira as mulheres a encontrarem sua
individualidade em suas formas, origens e é claro, estilo.
“Seu
corpo suas regras”, uma das frases mais usadas pelo feminismo atualmente, é
vista no modo Frida de ser uma que desde sempre corria suas próprias regras e
de mais ninguém. Uma mulher à frente da sua época, era bissexual e até se
vestia como homem pois para ela, papéis de gênero nunca existiram para ela
tanto na maneira de se se vestir quanto na maneira de viver.
Se liga @!
Kahlo é tão atual que deixou seu legado perpetuado, ditando para
todos se preocuparem com os seus pensamentos e quereres, além dos sonhos e
desejos e não com a opinião ou vontade dos outros, independente de quer sejam.
“Dónde no puedas amar, no te demores”, uma das suas frases mais
famosas, caracterizam Frida. Seu grande amor foi Diego Rivera,
mesmo diante de um relacionamento cheio de “tiro, porrada e bomba” ela amou
intensamente e não conseguia viver sem amar tanto que valorizou o verbo amar
até o fim de sua vida.
É pop!
Seu rosto inconfundível se tornou uma verdadeira
referência pop ainda mais depois do filme interpretado por Salma Hayek,
em 2002. Dentre os números produtos o rosto e obras de Kahlo é encontrado em estampas
de t-shirts e vestidos, bolsas, quadros, bottons, editorias de moda, dentre
tantos outros.
Veja mais!
Conheça um pouco mais sobre Kahlo através do Museo Frida
Kahlo (clique aqui).
Em imagens, confira pinturas expostas no Le Parisien (clique aqui).
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