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#iGirlPower

PARTE II
@, seu preconceito tamanho EXG não me afeta mais
Em uma conversa franca, as iGirls do mês ainda dizem tire os seus padrões do meu corpo
Por: iFox/Micael Machado (micaelaraujomachado@gmail.com)

O acumulo de negativas recebidas por pessoas gordas, fazem com que as mesmas sejam descriminadas nos mais variados âmbitos. É o que uma pesquisa feita pela CATHO (clique aqui para ver) revela onde, 6,2% dos empregadores admitiram não contratar obesos.

Isso tudo está impregnado até na própria resistência social de reconhecer o preconceito e, acontece porque é “aceitável” intimidar e censurar quem é gordo. Partindo do aceitável, discursos acerca do que a pessoa gorda está comendo são cabíveis pois são, em suma, justificados como “preocupação”.

Desde os primórdios é passado e repassado que as mulheres são competidoras uma das outras. Um erro e naturalmente, para desmerecer a outra, é perfeitamente aceitativo criticar o corpo alheio.

A gordofobia tem desdobramentos amplos, uma que há diferentes tipos de opressões gordofóbicas que variam de acordo com a classe, etnia, vulnerabilidades sociais e econômicas, violência sexual e doméstica além de é claro, a bullying dentre muitos outros.

Nesse contexto, surgem grupos como o que se originou do Coletivo Antigordofobia, a fanpage Voz das Gordas (clique aqui para ver) criada a partir da evidente necessidade de falar sobre a gordofobia. A fanpage conta com o apoio de 22 mil pessoas e é responsável por dar voz à todas as pessoas gordas. Ativa na luta contra a gordofobia e a favor do empoderamento e da busca por direitos das pessoas gordas.

Destaque para a gordofobia como forma de opressão e não somente como bullying e preconceito. A luta anti-gordofofobia não é exclusiva da mulher, mas de pessoas gordas. Em sua apresentação a fanpage evidencia que a as pessoas magras podem e devem curtir e compartilhar as ideias anti-gorfofobia mas sem silenciar ou fetichizar as pessoas gordas.


“A maior dificuldade que tive não foi da aceitação dos outros, mas sim, a minha pois fiz loucuras para me encaixar, ser percebida e isso tudo não valeu a pena”, disse Raquel Balbinoti, 25 anos, graduanda de administração. Semelhante ao que a estudante citou, a editora do “Voz das Gordas”, Renata Grota, 30 anos e graduanda em Jornalismo, revelou que era uma gorda gordofóbica daquelas que achavam que só era possível ser feliz magra.


O processo de aceitação não para e por isso, tem que estar sempre trabalhando ele. Ainda sobre o assunto, a editora do “Voz das Gordas” foi enfática ao dizer que todas as pessoas gordas têm uma sociedade inteira dizendo que o corpo gordo é nojento e, que por causa dele, as pessoas não têm valor. Logo, trabalhar a autoestima é uma questão diária que inclui dias bons e ruins.

Uma publicação compartilhada por Raquel Balbinoti (@raquelbalbinoti) em

“Sobre a opinião dos outros, deixo que falem, isso não me afeta mais pois hoje enxergo o quanto é bom ser gordinha, comer o que eu gosto e me amar, isso sim é felicidade”, disse Raquel Balbinoti enquanto que Renata Grotas citou “não aguento mais hoje em dia piadinhas ou gente tentando se intrometer dizendo o que eu devo ser ou fazer com o meu corpo”.


Diante da pergunta em relação as lojas de roupa, as iGirls do mês de outubro concordam dizendo que há falta de variedades de modelo de roupa para tamanhos maiores. As lojas ou focam nos corpos magros ou disponibilizam apenas cores básicas e sólidas como o preto para “disfarçar as gordurinhas”. “É um absurdo, não só no fastfashion mas na indústria de moda em geral”, disse Renata Grota que ainda completou “ter o que vestir é um direito básico da pessoa e além disso, as roupas plus size são extremamente caras e isso as tornam inacessíveis para a maioria da população”.

E os homens?
“A gordofobia é opressão contra pessoas gordas, independente de gênero pois, trata-se de patologização (dizer que ser gordo é igual a ser doente) e negação de direitos, não só sobre estética”, disse Renata Grota

Veja abaixo, o vídeo gravado por Bernardo Boechat, Youtuber do canal “Bernardo Fala” que diz  “gordo para mim é elogio”.

A diferença em relação aos homens está em que a mulher, não somente na sociedade brasileira mas em qualquer lugar do mundo, já sofre por ser mulher, por conta do machismo e cresce diante de discursos de que se não for magra, não arrumará namorado.


Veja a PARTE I em: https://goo.gl/CSy8NX


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