#Capa
Uma história de lutas em meio a repressão
“Eu sonho com um país onde a educação prevalecerá”
Por: iFox/Micael Machado (micaelaraujomachado@gmail.com)
It’s me!
“Eu sonho com um país onde a educação prevalecerá”
Por: iFox/Micael Machado (micaelaraujomachado@gmail.com)
It’s me!
Malala Yousafzai
nasceu no vale Swat, situado ao norte do Paquistão, no dia 12 de julho de 1997.
Aos 15 anos foi baleada na cabeça por defender a educação feminina e mais tarde,
aos 17 anos, tornou-se a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel. Ativista em um
país dominado pelos talibãs, lutou e ainda luta pelos direitos civis e humanos
principalmente das mulheres e ao acesso à educação.
Ela
sentiu medo, muito, pelo menos no início, mas depois, ela sentiu que precisava
fazer ainda mais por ela e por suas colegas paquistanesas cujo crime maior era
querer estudar. Desde então, Malala não parou e sua luta se espalhou pelo
mundo.
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Foto: “Malala Yousafzai” por The Guardian/Sipa USA |
Como assim Talibã?
O vale
Swat é o cenário que mescla paisagens lindas, com a história do
Afeganistão e de um pai ativista em prol da educação. Swat era liderado por Miangul Abdul Haq Jahanzeb – Wali –, monarca que construiu escolas
para meninos e meninas, em 1969 a monarquia foi abolida dando espaço para o
governo paquistanês e, a partir desse acontecimento, após cerca de 40 anos de
declínio, a ascensão do Regime Talibã foi inevitável no ano de 2008.
O
Talibã é extremamente rígido com a população e quem não cumprir as regras, está
sujeito a apedrejamentos, enforcamentos, fuzilamentos além de amputação de
membros do corpo humano. Para as mulheres, a lista de proibições
é extensa e inclui desde não poder sair de casa sem a presença de um membro
masculino da família até não poder ser atendida por médicos homens.
A
maior privação das mulheres é em relação a educação, que não podem ter acesso, muito menos frequentar escolas e universidades. O
regime resume a mulher a servir à todas obrigações familiares.
My family is super!
“O
nascimento de um filho é comemorado com rifles disparados ao passo que as
filhas são escondidas atrás de cortinas e são predestinadas aos afazeres
domésticos e a procriar”, Malala nasceu
e cresceu diante disso, em uma sociedade profundamente conservadora graças ao Talibã e sua
família? Vista como peculiar, ao saudar o nascimento de uma menina.
“A maior parte das pessoas é conhecidas pelos filhos que têm, eu sou um dos poucos pais sortudos que é conhecido pela filha que tem”, disse Ziauddin Yousafzai, pai de Malala, quando a filha recebeu o prêmio Nobel. Dono de escola, sempre foi defensor do direito à educação tanto para meninos quanto para meninas. Malala foi incentivada a estudar e sempre, se manifestar.
“A maior parte das pessoas é conhecidas pelos filhos que têm, eu sou um dos poucos pais sortudos que é conhecido pela filha que tem”, disse Ziauddin Yousafzai, pai de Malala, quando a filha recebeu o prêmio Nobel. Dono de escola, sempre foi defensor do direito à educação tanto para meninos quanto para meninas. Malala foi incentivada a estudar e sempre, se manifestar.
Gossip Girl
“Eu irei conseguir minha educação e esse é o nosso
pedido ao mundo: salvem nossas escolas, salvem o vale Swat”, disse Gul Makai.
Com o pseudônimo de Gul Makai, Malala escrevia em um blog (clique
aqui para ler) onde relatava sua vida sob o regime Talibã. Narrando desde as batalhas
entre o exército paquistanês e o Talibã até o possível fim dos seus estudos,
uma que o regime havia proibido todas as meninas de irem à escola.
Afrontosa
Malala
é uma jovem islâmica que,
apesar de ser jovem, se mostra ciente e sensata diante das deficiências do seu
país, sobretudo ao Talibã, fazendo críticas em busca de quebrar a realidade
dura de quem vive em seu país.
“Se 10 russos são infiéis, 5 são mortos por 1 muçulmano,
restam 5”, trecho retirado de um livro escolar. Absurdo, assim definiu Malala
que também faz críticas aos Estados Unidos que desde a invasão soviética,
instigam a “guerra santa” através dos livros escolares.
No ano de 2012, foi atingida por um homem com um tiro à queima-roupa quando
estava um ônibus, a caminho de casa. Assim que saiu do coma, após uma
recuperação milagrosa, Malala disse “o Talibã achou que iria conseguir
me parar, mas isso não vai acontecer”.
@ você quer poder ?
“A mudança começa conosco e deve começar agora, se você quer ter um futuro brilhante, você precisa começar a trabalhar agora e não esperar por alguém”, afirmou Malala Yousafzai em seu discurso perante a ONU, enfatizando a importância de iniciar hoje a construção de um futuro melhor para as mulheres.
No dia 10 de abril de 2017, Malala, hoje com 19 anos, foi nomeada a mais jovem Mensageira da Paz da Organização das Nações Unidas – ONU. Foi indicada para o cargo por António Guterres, secretário-geral da ONU, boa parte de seu trabalho será ajudar a promover a educação de meninas de todo mundo.
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Foto: “Malala Yousafzai and António Guterres” por UN Photo/Eskinder Debebe |
E+
Malala não para, virou palestrante frequente na arena global e já visitou campos de refugiados como no Quênia e em Ruanda. Tudo em prol de um objetivo: chamar a atenção para o sofrimento de meninas refugiadas do Burundi e da Somália.
Leia-me
“Eu estava terrorizada, a única coisa que sabia era
que Alá havia me abençoado com uma nova vida”, contou Malala em sua
autobiografia. “I Am Malala” – tradução “Eu Sou Malala”–, é o título do seu
primeiro livro, lançado em 2013. Agora, em 2017, lançou o livro intitulado como “Malala’s
Magic Pencil”.
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Foto: Livro “I Am Malala” |
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