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#RedAlert

Por: iFox/Micael Machado (micaelaraujomachado@gmail.com)

      “Fui diagnosticado aos 15 anos e o processo de aceitação foi difícil por se tratar de algo novo, porém foi bem mais fácil eu me aceitar como portador de depressão e procurar saber mais sobre, do que meus pais e amigos entenderem que não é desculpa”, mencionou Matheus Bandeira Gonçalves, 21 anos, estudante. O depoimento do jovem se assemelha a muitos outros coletados na Internet unido a mídia em geral que tem posto em foco o assunto “saúde mental”.

A depressão é a principal causa do que, nos piores casos, pode levar ao suicídio, aliás, as suas consequências, colocam em foco a doença e os comentários da sociedade, muitas vezes são carregados de julgamentos. O assunto é um problema de saúde pública, no entanto, é visto no mundo do entretenimento sob dois extremos: sendo solenemente tratado com tabu ou com descaso a partir de frases como “quer chamar a atenção” ou “é falta do que fazer”.

“A falta de preparo e sensibilidade acerca do assunto me assusta, as pessoas nas redes sociais me deixam instigado com o setembro amarelo em que a maioria diz se importar com os depressivos, passando o mês de setembro, tudo cai no marasmo. Apesar de tudo, eu consigo ver um progresso pois, hoje a depressão está sendo mais abordada e discutida, ou seja, há uma evolução”, enfatizou Matheus Bandeira Gonçalves.

13 Reasons Why – 13 porquês, em tradução do inglês –, é um exemplo de entretenimento que colocou em foco temas como o bullying, a depressão e suas consequências que afetam não somente quem sofre com os problemas, mas, todos que estão ao redor. A série produzida pelo serviço de streaming Netflix, exibida no ano passado, é baseada no best-seller de Jay Asher.


Ao longo de 13 episódios, é contada a história de Clay Jensen interpretado por Dylan Minnette que ao voltar da escola encontra uma caixa misteriosa com seu nome, na porta de casa. O conteúdo da caixa são fitas-cassetes gravadas por Hannah Baker, interpretada por Katherine Langford, que relatam as treze razões que a levaram à decisão de acabar com a própria vida.

A série foi um grande sucesso mostrando que jogar o tema para debaixo do pano só serviria para que mais vidas fossem perdidas. Dados de uma pesquisa fornecida pela OMS – Organização Mundial da Saúde – (clique aqui para ler), revelam que o suicídio é a segunda maior causa da morte de jovens com idade entre 15 a 29 anos. Os dados são alarmantes, é estimado que uma pessoa tire sua própria vida a cada 40 segundos.



“Tento evitar contar para todos sobre minha realidade, pois sei que que a maioria das pessoas não sabem lidar com o fardo que é conviver com alguém baixo astral”, disse Matheus Bandeira Gonçalves, que completou “já perdi várias amizades por conta do meu jeito e o pior é que em todo momento eu me sinto culpado por isso”, a partir de depoimentos como esse, surgem grupos no Facebook de apoio e ajuda.

Grupos como “Depressão/Bipolaridade – Grupo de Apoio e Entreajuda” com cerca de 9,4 mil membros (clique aqui para entrar) e o “Grupo de Apoio, Informação e Prevenção – Ansiedade, Depressão e Suicídio” (clique aqui para entrar) com 4,6 mil membros dentre tantos outros.




Além disso, o Centro de Valorização da Vida – CVV – no Brasil presta auxílio emocional gratuitamente e 24 horas por dia. Os atendimentos do CVV, em suma, podem ser realizados de forma anônima e sigilosa por vários meios como no próprio site e também via chat, telefone, Skype, e-mail e pessoalmente. Se você leitor de iFox está precisando de ajuda, não hesite, ligue 141 ou acesse o site (clique aqui).

É possível de maneira prática e simples saber os postos de atendimento do CVV (clique aqui para ser direcionado) permitindo conversar pessoalmente com um voluntário ou enviar uma carta. Não havendo posto na sua cidade, as opções de atendimento são através da central de atendimento (clique aqui para ler mais).

E+

A TelessaúdeRS/UFRGS criou o ADDS, aplicativo disponível tanto para Android (clique aqui) quanto para iOS (clique aqui) que visa o apoio ao diagnóstico de depressão e avaliação do risco de suicídio. O aplicativo tem uma interface simples em que só é preciso responder as perguntas com “sim”     ou “não” para que seja realizada a análise.

      Na área da depressão, as inúmeras questões envolvem assuntos como falta de esperança e prazer pelas atividades diárias, para chegar a um diagnóstico da doença ou propensão ao suicídio. Entretanto, o App não substitui o julgamento clínico, é necessária a procura de ajuda especializada.


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