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iFox/Micael Machado (micaelaraujomachado@gmail.com) 

A identidade de cada um pode ser entendida como um conjunto de valores e crenças compartilhadas por um grupo de pessoas. As peculiaridades que aproximam um grupo de pessoas, ao mesmo tempo, as diferenciam de outras.

A moda também está inserida nesse contexto em que os indivíduos, conseguem exercer sua liberdade e sua maneira crítica de enxergar o mundo. O Kanimambo (ateliê de vestuário africano), é um exemplo disso e vai além, sendo um projeto de inclusão social, geração de renda e é claro, integração cultural.

Nesta última quinta (05), às 18h30min, no Mercado Central de Pelotas, o projeto que nasceu em 2015, a partir da constatação de intensa xenofobia e racismo sofridos pelos senegaleses, realizou uma confraternização. Esta, com a apresentação musical de Myro Rizoma que compôs uma música especial para o projeto.

O senegalês, Bathie Fall, coordenador do projeto, Vinicius Britto de Moraes e Ediane Oliveira ressaltaram a importância de Kanimambo para as famílias senegalesas. Como uma forma favorável para criar um ambiente menos hostil e mais esperanço para todos e também para Pelotas cuja história tem suas raízes africanas.

Myro Ryzoma (Foto: Micael Machado/iFox)
“Quando os imigrantes senegaleses vieram para cá sabe o que aconteceu né, toda violência sofrida, o processo xenofóbico, racista que a gente não pode esquecer, dentro desse lugar. Então hoje, é um dia muito simbólico para nós, que estamos dentro do Mercado Central, que estamos comemorando o aniversário de Pelotas, as vésperas de fechar essa loja pois, estamos dentro de um processo simbólico que é uma semana”, disse Ediane Oliveira.

     As peças e acessórios produzidos pelo projeto são evidenciados também como uma forma de empoderamento que une tanto os brasileiros quanto os senegaleses. Se antes era visto homens com cortes de cabelo bem curtos e as mulheres negras se penteando como as brancas, muitas vezes alisando os cabelos, agora, a partir da afirmação de suas identidades, elas passaram assumir o formato natural. Isso tudo unido as peças de vestuário que fazem parte de um projeto de resistência negra que busca a valorização da cultura afro-brasileira.

“Vocês estão levando não uma roupa Kanimambo, mas, um produto de respeito, um pedacinho de uma Pelotas africana. Estão levando um pouquinho de luta também, fazem parte dela quando levam um pouquinho desse projeto”, finalizou Ediane Oliveira.

Kanimambo

        @, quer saber mais sobre Kanimambo?
Acesse a página do projeto (clique aqui) e fiquem atentos pois, dia 28 de julho, eles estarão no evento “Discutindo o 25 de julho: O Que Eu Tenho a Ver Com Isso?” (clique aqui), na produção de um desfile étnico.



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