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#iGirlPower

PARTE I
Ela é o que quiser ser!
Relatos provam que a mulher do século 21 pode ser e fazer o que quiser
Por: iFox/Micael Machado (micaelaraujomachado@gmail.com)

“Sempre fui sonhadora e confesso que em meus planos, nunca houve o desejo de ser mãe e ter tantas responsabilidades como cuidar de um lar”, falou Roberta Silva da Silva, 34 anos, técnica em segurança do trabalho. O depoimento, no entanto, se assemelha ao de inúmeras jovens que são pegas de surpresa com a notícia da gravidez.

A coluna iGirl Power do mês de novembro debate através da história de vida das iGirls como é conciliar a vida de mãe com a vida de acadêmica diante de uma sociedade que coloca em cima das mães quase que exclusivamente, a responsabilidade sobre os filhos.
Diante de uma série de questionamentos, o mais frequente é sobre o que acontece quando a gravidez vem sem planejar ou a oportunidade de ingressar na graduação aparece depois da maternidade. Ainda, como essas novas mães enfrentam a rotina dupla de ser mãe, estudar e, para algumas, ainda trabalhar.

Para Roberta Silva da Silva, como a mesma define, foi um “choque”. No ano de 1999, mais precisamente em dezembro, quando estava concluindo o ensino médio, conheceu o Daniel Melo da Silva, militar, 36 anos – seu marido – e em seguida começaram a namorar para quase um ano depois, ficarem grávidos. Segundo o casal, o susto foi grande pois a gravidez pegou todos de surpresa, por Roberta aos 15 anos ter sido diagnosticada com ovários policísticos e também porque na época morava com os pais. A primeira de muitas barreiras inclusive foi a família, uma que na época, a única ajuda que tiveram foram de suas mães.
Roberta e Daniel na primeira gravidez, esperando Sarah (Foto: Acervo Familiar)

“Deixei de existir, se antes era somente a Roberta, agora eram três pessoas e os meus planos, haviam desaparecido”, disse Roberta Silva da Silva, ao se referir à nova vida que tinha diante de si, sem nenhum preparo. Diante da nova vida ainda relata que o casal não sabia o que fazer pois eram jovens e apesar de se amarem, não tinham o intuito de casar. Contudo, foi o que aconteceu, Daniel entrou para a Marinha do Brasil, os dois se casaram e foram viver no Rio de Janeiro.

“Quando se tem um filho, tudo muda, as dificuldades aumentam, pois, antes de mais nada, você só pensa naquele serzinho que gerou por nove meses e que amas acima de tudo, se esquecendo”, diante da pergunta sobre a responsabilidade de ser mãe, Roberta Silva da Silva, ainda completando “tive a sorte de ter o Daniel que sempre foi e é um pai presente, meu parceiro”.
Roberta e Daniel com Sarah (Foto: Acervo Familiar)

“Meu segundo filho nasceu em Pelotas, voltamos para o Rio de Janeiro quando ele ainda tinha três meses e no ano de 2013, fiz o ENEM”, Roberta Silva da Silva complementa que apesar de não obter a nota para o curso que queria, conseguiu vaga para um curso profissionalizante e tudo começou a mudar. Sempre enfatizando que não foi fácil concluir o curso e que a ajuda do seu marido e da sua filha, que na época tinha dez anos, foi fundamental.

Roberta e Daniel na segunda gravidez, esperando Caliel (Foto: Acervo Familiar)

“Quando regressei à Pelotas, anos mais tarde, resolvi fazer o ENEM novamente, foi aí que me vi no curso de Letras/Português da Universidade Federal de Pelotas – UFPel”, relatou Roberta Silva da Silva ressaltando que se sentiu e ainda se sente empoderada. Aliás, a palavra do século 21 é empoderamento feminino que segundo o Dicionário Aurélio, é a ação de empoderar-se, conquistar o poder, consciência social e conhecimento para realizar transformações individuais ou até de um certo grupo social.
Roberta em aula com o filho mais novo, Caliel (Foto:Acervo Familiar)




“As responsabilidades de ser mãe e acadêmica são grandes, mas repito todos os dias que se outras mães conseguiram, eu também conseguirei”, falou Roberta Silva da Silva evidenciando que o empoderamento está no dia-a-dia de todas as mulheres, que se dividem em várias e, muitas vezes, sentem um aperto no coração por seus lares e filhos em busca de seu próprio protagonismo.
A família reunida nos XV anos de Sarah  (Foto: Fabrício Pires)



Roberta Silva da Silva conclui a entrevista dizendo que ainda não se sente totalmente realizada, mas, sabe que com persistência, poderá chegar onde sempre quis estar.

Veja a PARTE II em: https://goo.gl/CcNsv4



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